A BioWare e a Electronic Arts confirmaram que Anthem terá seus servidores encerrados em 12 de janeiro de 2025, tornando o jogo completamente inacessível, já que depende 100% da conexão online para funcionar.
O que foi Anthem?
Lançado em fevereiro de 2019, Anthem chegou com enorme hype, vendido como a grande aposta da EA no estilo looter-shooter online, rivalizando com títulos como Destiny e The Division. Com armaduras futuristas chamadas Javelins, os jogadores podiam voar, explorar mapas vastos e enfrentar inimigos em batalhas cooperativas.
Apesar da proposta ambiciosa, o jogo sofreu críticas logo no lançamento:
- Missões repetitivas e pouco conteúdo endgame.
- Problemas técnicos e bugs frequentes.
- História considerada rasa para os padrões da BioWare.
- Dependência total de servidores online, mesmo para experiências solo.
A tentativa de renascimento
Após o lançamento conturbado, a BioWare chegou a anunciar o projeto “Anthem Next”, uma reformulação completa que prometia corrigir a base do jogo e oferecer a experiência que os fãs esperavam. No entanto, em 2021, o estúdio confirmou oficialmente o cancelamento dessa versão repaginada, preferindo concentrar recursos em Dragon Age: Dreadwolf e no próximo Mass Effect.
Por que o desligamento?
O fim dos servidores segue a lógica de custo-benefício: manter Anthem ativo já não era viável, já que a base de jogadores caiu drasticamente nos últimos anos. Como o título não possui modo offline, o desligamento significa o desaparecimento completo do game, reforçando debates sobre preservação de jogos digitais e a fragilidade de experiências que dependem apenas da nuvem.
O legado
Apesar do fracasso comercial e crítico, Anthem deixou sua marca como um dos casos mais emblemáticos da indústria de games nos últimos anos — um projeto ambicioso, que prometia revolucionar o gênero, mas que acabou servindo como alerta para publishers e jogadores sobre os riscos de lançamentos apressados e dependência exclusiva de servidores.
A partir de 12 de janeiro de 2025, Anthem se juntará à lista de títulos “perdidos”, jogáveis apenas em lembranças, vídeos e relatos da comunidade que acreditou em seu potencial.

